
Se há filmes que não escapam a um rótulo, Crank é um deles. O de filme de acção, porque realmente não há mais nada a não ser isso. Acção desde o primeiro ao último instante.
Chev Chelios, interpretado por Jason Statham, é injectado com uma droga chinesa que o irá matar caso o seu nível de adrenalina baixe. Assim sendo, Chelios inicia uma corrida contra-relógio, por forma a nunca estar parado. A fórmula faz lembrar Speed (o 1º), mas desta vez, no lugar do autocarro que não pode abrandar, é o próprio herói que está em contagem decrescente.
Crank é de tal forma acelerado que nos cansa. Os diálogos parecem surgir quase por favor e nunca são demasiado desenvolvidos, para não quebrar o ritmo frenético a que o filme se desenrola. O resultado são 87 minutos que passam, literalmente, a correr e que não deixam qualquer marca. O argumento não é tão descartavel como seria de pensar, mas devia levar-se um bocadinho mais a sério. Em vez disso limita-se aos estereótipos e às tipificações de personagens e situações, tornando-se, em muitas situações, ridículo.
A ter estreado no Verão seria o típico Blockbuster cheio de acção e de explosões, com as indispensáveis cenas de sexo e um humor metido a martelo nos intervalos. Como já só estreia na reentré é totalmente dispensável.

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